19 de jul. de 2010

Tião Bocalom visita aldeia indígena Kaxinawá em Feijó

Na chegada a aldeia, a homenagem sincera do grupo Kaxinawa.
Ailton Oliveira

Indígenas demonstram sua afeição carregando o candidato a Governo do Estado, Tião Bocalom .

A movimentação começou logo cedo, pela manhã do sábado. Os candidatos da Coligação Liberdade, Produzir para Empregar se dirigiram às margens do Envira, em Feijó, para uma viagem de 15 minutos Rio acima. Numa voadeira, embarcaram rumo à aldeia Paroá, grupo Boa União, da etnia Kaxinawá. No percurso pelas águas calmas do Envira, uma pequena, mas contundente mostra da realidade local – os ribeirinhos em seu dia a dia, num trabalho árduo pela sobrevivência.

Ao longo dos barrancos pequenas plantações de banana e milho atestam que a agricultura de subsistência ainda funciona como o grande sustentáculo das famílias. No Alto Envira a pequena agricultura e a pesca ainda garantem a economia local. No curso do Rio, troncos de árvores arrancadas das margens atestam o assoreamento.

Na chegada a aldeia, a homenagem sincera do grupo Kaxinawa. É dia de festa e o grupo Boa União recebe a Coligação de braços abertos. Cantando e dançando num de seus rituais tradicionais, os indígenas demonstram sua afeição carregando o candidato a Governo do Estado, Tião Bocalom, numa prova de carinho e satisfação pela visita. A aldeia compreende 14 famílias, num total de 72 pessoas, que comemoram ainda o aniversário de 64 anos de Hunukui Bake. A festa reúne diversas aldeias da vizinhança, num congraçamento que reforça os laços e consolida a união de etnias diversas. No interior do barracão, a festa fica ainda mais empolgante com a chamada Dança do Monu, que envolve os candidatos na animação do evento.

Aos convidados é oferecido ainda o rapé e caiçuma, lembrando que o dia é de festa e comemoração pela vida. Os índios aproveitaram a visita da Coligação para colocar suas reivindicações mais urgentes e criticar autoridades do Estado que durante muito tempo realizaram promessas que jamais foram cumpridas. A idéia, segundo o grupo indígena, é que somente a renovação política e a alternância de poder podem trazer melhorias para toda a comunidade. Para eles, é preciso, antes de tudo, conhecer a realidade local, sobretudo a indígena, para querer ocupar os cargos de mando tanto do Estado quanto do País.

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