18 de out. de 2011

PAPEL PEGA TUDO

A imprensa está caindo de pau em cima do deputado Major Rocha, por este ter assinado, como testemunha, o contrato de fixação de preços entre os comunitários da Reserva do Antyimary e o governo do Estado.
Segundo o governo, por ter subscrevido o tal  documento o deputado é tão ¨criminoso¨ quanto este no trato das questões.
Ora, uma testemunha, ou qualquer coisa equivalente, não é parte ativa do contrato e seu testemunho não a compromente em caso de descumprimento das obrigações assumidas entre as partes.
Como diz no ditado popular, ¨papel cabe tudo¨ e o problema reside exatamente ai.
No papel o governo e as empresa se comprometem a seguir rigorosamente as indicações técnicas previstas no manejo florestal.
Em documento eles se comprometem a pagar preço justo pela madeira a ser explorada; a não entupir a passagem dos igarapés; a não destruir os poucos ramais existentes; a não derrubar árvores cujos frutos sirvam de alimentação da fauna silvestre como a Copaiba, Breu, Caxinguba, entre outras, e a respeitar o diâmetro mínimo das árvores catalogadas.
Na prática, fazem exatamente o contrário e o pátio das serrarias estão a comprovar isso.
Portanto, a assinatura do deputado Major não o obriga a compactuar com  o descumprimento das cláusulas.